Sepultamento ou cremação?

George W Reid

Um dos membros mais velhos de nossa família nos disse que, quando morrer, gostaria de ser cremado em vez de sepultado. O pedido gerou uma grande discussão entre nós. Todos somos cristãos. Tem a Bíblia alguma orientação sobre esse assunto tão delicado? 

Os adventistas do sétimo dia nunca tomaram uma posição sobre cremação, porque nossa compreensão bíblica acerca da morte e ressurreição faz com que o assunto perca sua importância (veja 19:27; Daniel 12:2; Lucas 24:39). Contrários à ideia de uma dicotomia entre corpo e alma, afirmamos que o ser humano tem uma existência física tanto antes da morte como na ressurreição. O Deus que nos criou no princípio é igualmente capaz de nos recriar das cinzas da incineração, ou do pó que resulta do lento processo da decomposição. Todas substâncias orgânicas retornam a seus elementos básicos. A única diferença é sobre quanto tempo isso leva.

Na verdade, não defendemos a ideia de que na ressurreição o novo ser será composto das mesmas células e átomos que antes lhe formavam o corpo. As células morrem e os átomos se dispersam, e a restauração de uma pessoa não consiste apenas na reunião e reestruturação dos átomos, mas na expressão do poder criativo de Deus, não importando quais átomos estejam envolvidos (Salmo 104:29-30). Sabemos que cada ser vivo é um conduto por onde novos átomos entram enquanto que os velhos se dispersam, de modo que, numa escala maior, em 10 anos cada pessoa será composta por átomos inteiramente diferentes.

A pessoa que morre permanece na mente de Deus e, por meio de Seu poder criador, Ele haverá de restaurar-lhe a vida segundo Sua vontade, num novo corpo isento dos efeitos os pecado (I Coríntios 15:52). Na ressurreição, o Criador não depende de elementos previamente existentes.

Alguns dentre nós têm usado Amos 2:1 para se opor à prática da cremação. O profeta afirma que Deus Se irou contra Moabe “porque queimou os ossos do rei de Edom, até os reduzir a cal” (ARA). O principal problema de interpretação nesse texto é a frase “até os reduzir a cal”, que reflete com precisão o texto hebraico. O substantivo sid não significa “cinzas” mas “cal”. A cal era usada para rebocar paredes e pedras. Alguns têm sugerido que, nesse caso em particular, os ossos foram queimados ou calcinados para se obter cal. Seja como for, não há dúvida de que Moabe está sendo reprovado por causa de seu desprezo para com restos mortais humanos. Portanto, o profeta está se referindo a um ato de ódio e vingança que resultou no desrespeito para com a dignidade humana. Isso não é o que chamaríamos de cremação.

Cremação, propriamente falando, poderia ser um ato de piedade. Em I Samuel 31:11-13 lemos como os israelitas tomaram o corpo de Saul e seus filhos “do muro de Bete-Seã e os levaram para Jabes, onde os queimaram” (NVI). Esse não foi um ato de vingança, mas uma maneira adequada de pôr fim à humilhação de um corpo humano, nesse caso, o do primeiro rei de Israel.

Para alguns cristãos, a questão do sepultamento em lugar da cremação é muito importante. Eles notam que a cremação é adotada em países como Índia e China, cuja cultura predominante não é cristã. Na verdade, esses países superpopulosos já enfrentaram há muito tempo o dilema de poucas terras férteis e a necessidade de cemitérios, introduzindo em sua religião a noção da cremação, compreendida em termos de uma espécie de purificação pelo poder do fogo. Do ponto de vista científico, esse método oferece vantagens relacionadas com a prevenção de infecções. É fato que na tradição judaica os mortos eram consistentemente sepultados, costume esse que foi incluído nos cânones católicos e assim perpetuados na comunidade cristã. Mas, quando analisado à luz de nossa compreensão acerca de como Deus age, a cremação não representaria nenhum problema.

Hoje em dia, cerca de 50% das pessoas que morrem nos Estados Unidos são cremadas, principalmente por causa dos altos custos envolvidos num sepultamento. A cremação, em geral, não custa mais de 10% do valor de um sepultamento. Em relação a esse assunto, os adventistas permitem que seus membros sigam a consciência, e pelas razões acima citadas será difícil adotarmos uma posição oficial a respeito.


George W Reid (Th D. pelo South-western Baptist Theological Seminary) atuou por 20 anos como diretor do Biblical Research Institute da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Aposentado, ele continua fazendo palestras e escrevendo. Seu email: missiontvl@juno.com

As Vantagens de Conhecer a Deus

Salmos - 44 - 21 : 21

I - Introdução:

Geralmente nós encontramos na Bíblia: “O Senhor conhece o caminho dos justos” (Salmo 1:6a); “Ele que conhece os segredos dos corações” (Salmo 44:21) e “Ele conhece a nossa estrutura” (Salmo 103:14), dando prova de que Deus nos conhece muito bem, mas será que nós, também o conhecemos assim, tão bem?

Na verdade pouco conhecemos sobre Deus, pois nossa mente finita e humana não consegue, por mais que se esforce, compreender o que seja Deus em toda a sua plenitude.

Em Mateus, 22:29 lemos: “Jesus, porém, respondendo, disse-lhes: Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus”.

II – Quem é Deus:

Lembro-me de quando ainda estava no primeiro semestre do Mestrado em Direito, oportunidade em que discutíamos na sala o tema O que é Deus? No ensejo, o professor da disciplina de Epistemologia, fazendo uma pausa longa e instigante, concluiu que seria mais fácil dizer o que Deus não é, do que propriamente dizer o que Deus deveria ser.

A Pequena Enciclopédia Bíblica, de O. S. Boyer, afirma: “Deus é o ser existente por si mesmo, infinito, supremo, criador e conservador do universo.” (Pág. 195).

O Apóstolo Paulo disse: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis são os seus caminhos” (Romanos 11:33).

III – O Que Sabemos de Deus, por seus atributos:

1) Que Deus é Amor (1ª João 4:8);

Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.

2) Que Deus é Espírito (João 4:24);

Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.

3) Que Deus é Eterno (Deuteronômio 33:27 );

O Deus eterno é a tua habitação, e por baixo estão os braços eternos; e ele lançará o inimigo de diante de ti, e dirá: Destrói-o.

4) Que Deus é Todo-Poderoso (Apocalipse 1:8);

Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso.

5) Que Deus é Imutável (Tiago 1:17);

Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação.

6) Que Deus é Onipotente (Mateus 19:26);

E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível.

7) Que Deus é Onipresente (Salmo 139:7-10);

Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao Céu, látu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar. Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.

8) Que Deus é Onisciente (Salmo 139:1-4);

Senhor, tu me sondaste, e me conheces. Tu sabes o meu assentar e meu levantar, de longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó Senhor, tudo conheces.

9) Que Deus é Perfeito (Mateus 5:48);

Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus.

10) Que Deus é Único (Marcos 12:29);

E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.

IV – Ou, ainda, conhecer a Deus, através de seu caráter:

1. Deus é bom - Lucas 18:19
2. Deus é Fiel - 1ª Coríntios 10:13
3. Deus é Misericordioso - Salmo 78:38
4. Deus é justo - Isaías 45:21
5. Deus é Santo - Isaías 6:3

V - As Vantagens de Conhecer a Deus

1. Quem conhece a Deus tem paz e bom ânimo, não desanima, pois conhece as virtudes do Deus Todo-Poderoso e do seu imenso amor por nós, relativizando os problemas quotidianos. (João 16:33)

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.

2. Quem conhece a Deus tem a ousadia e a alegria de Deus, combustíveis inerentes ao Deus que é o criador de tudo o que há, de todas as coisas. (Neemias 8:10)

Disse-lhes mais: Ide, comei as gorduras, e bebei as doçuras, e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força..

V – Conclusão:

Os Cristãos crêem não de maneira vaga ou distante em um deus, mas especificamente no Deus a quem Jesus Cristo chamava de Pai e que com Ele era um. Os ensinamentos da Bíblia a respeito de Deus são os que vimos nos capítulos III e IV deste Estudo, com ênfase na sua santidade, na sua perfeição e no seu poder, mas que não podemos olvidar de sua graça, misericórdia e bondade que são as razões de não sermos consumidos.

Ele, o Deus da Bíblia, esta perto de nós em nossa vida diária e se relaciona conosco de maneira pessoal. Ele é o criador do universo. Enviou-nos Jesus, o Filho de Deus, que gostava de ser chamado de o Filho do Homem, para enfatizar sua dupla natureza, que veio ao mundo para cumprir seu plano eterno de salvação da humanidade.

Tudo isto foi planejado por Deus, revelando-se ao homem na busca de resgatá-lo. Deus chama para si mesmo o cuidado para conosco: “E o Senhor nos ordenou que cumpríssemos todos estes estatutos, que temêssemos ao Senhor, nosso Deus, para o nosso perpétuo bem, para nos guardar em vida, como no dia de hoje” (Deuteronômio 6:24).  

Autor desconhecido.

Por que ir à igreja?

Gálatas - 6 - 17 : 17
Esta pergunta não é muito frequente. Em geral vamos a Igreja e não perguntamos por que estamos fazendo isso.

Ir a Igreja já se tornou parte da rotina de vida de muitas pessoas. Fazemos isso automaticamente e não procuramos identificar uma razão.

Durante a exposição, vamos apresentar três respostas a essa pergunta.

Por que ir à Igreja? Por que eu devo levar minha esposa, meu filho, minha família à Igreja?

A primeira resposta é: Devemos ir a Igreja porque a Palavra de Deus nos sustenta .

Um frequentador de Igreja escreveu para o Editor de um jornal e reclamou dizendo:

“Estou cansado de ir à Igreja! Não faz sentido ir à Igreja todos os domingos”.

“Eu tenho ido à Igreja por 30 anos e durante este tempo eu ouvi uns 3.000 sermões”.

Mas em todos esses anos eu não consigo lembrar de nenhum sermão... Eu acho que estou perdendo meu tempo e os pastores e padres estão desperdiçando o seu tempo pregando sermões!”

Esta carta iniciou um grande debate na coluna “Cartas ao Editor”. Isso durou semanas e semanas recebendo e publicando cartas sobre assunto.

Até que alguém escreveu o seguinte:

“Prezado Editor, eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições”.

“Mas na minha vida inteira eu não consigo me lembrar do cardápio de nenhuma das 32.000 refeições que a minha esposa fez”.

“Mas de uma coisa eu sei: Todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho”.

“Se a minha esposa não tivesse me dado estas refeições, hoje eu estaria fisicamente morto”.

“Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à Igreja para alimentar minha fome espiritual, hoje eu estaria espiritualmente morto”.

A carta deu fim ao debate. Todos se calaram e ninguém argumentou mais nada!!!

Muitas pessoas apresentam várias razões para não Irem a Igreja. Uns dizem que não vêm à Igreja porque não conseguem assimilar ou guardar o que o pastor diz em seus sermões.

Mas o exemplo citado chama a nossa atenção para uma estranha verdade:

Assim como não precisamos memorizar o cardápio de cada refeição que nos alimenta e nos mantém vivos, também não precisamos memorizar a Palavra de Deus para nos sentirmos alimentados por ela.

Na maioria das vezes a mensagem do Senhor entra em nossa mente e em nosso coração por osmose.

Nós falamos que havia três respostas à pergunta “Por que eu devo Ir a Igreja?”. Até aqui falamos da primeira resposta dizendo que devemos Ir a Igreja porque a Palavra de Deus nos alimenta . Qual a segunda resposta?
Devemos ir à Igreja porque Deus nunca nos abandona.

Quando abandonamos à Igrejas sem perceber estamos abandonando a Deus. Em um dia quente de verão lá no interior do Pantanal Matogrossense. Um garoto foi nadar no lago que havia atrás de sua casa. Na pressa de mergulhar na água fresca ele foi correndo... foi deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa. Entrou na água e começou a nadar. Ele nadava naquele lago diariamente e nunca se ouviu falar na presença de jacaré naquela área. Mas naquele dia aconteceu o inesperado! O menino não percebia que enquanto nadava para o meio do rio, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água. Sua mãe, que estava em casa, olhava pela janela e observava o filho nadando no lago. De repente, a mãe percebeu que o jacaré estava indo em direção ao seu filho e estava cada vez mais perto. Desesperada, correu para o rio gritando o mais alto possível: “Filho! Volte! O jacaré está atrás de você!” Volte! Volte! Ouvindo a voz da mãe, o menino se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro de sua mãe. Foi uma corrida contra o tempo. Os segundos pareciam uma eternidade. Finalmente o menino chegou à margem. Mas era tarde! Assim que o menino alcançou a mãe, o jacaré também o alcançou. A mãe agarrou o menino pelos braços enquanto o jacaré cravou os dentes nos pés do menino. Começou um cabo-de-guerra entre a mãe e o jacaré. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixar o seu filho ir. Um fazendeiro que passava por perto ouviu os gritos, pegou sua arma, fez pontaria e atirou no jacaré. Após semanas no hospital, o menino sobreviveu. Seus pés estavam muito feridos por causa do ataque do animal, e, em seus braços, havia riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o filho que ela amava. Um repórter entrevistou o menino e perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes. O menino levantou seus pés. Mostrou-os ao repórter. E com orgulho, disse: “Olhe em meus braços. Eu também tenho grandes cicatrizes em meus braços. Eu tenho essas cicatrizes porque minha mãe não me deixou ir”. Você e eu podemos nos identificar com esse menino. Nós também temos muitas cicatrizes. Não são as cicatrizes de um jacaré, ou algo tão dramático. Mas podem ser as cicatrizes de um passado doloroso. Podem ser algumas lembranças que incomodam o seu coração. Essas cicatrizes são feias e ainda te causam dores profundas. Você já parou para pensar no porquê dessas cicatrizes? Algumas foram feitas pelo jacaré. Mas outras foram feitas pela mãe. Algumas foram feitas pelo maligno e outras foram feitas por Deus. Deus é como a mãe daquele menino. Às vezes Ele nos fere para não nos perder para o maligno! Algumas feridas estão em nós porque Deus se recusou a nos deixar ir. E enquanto nos esforçávamos, Ele estava nos segurando nos braços. Se hoje você está passando por um momento difícil, doloroso. Talvez o que está te causando dor seja Deus cravando suas unhas em você para não te deixar ir. Deus não vai entregar você para o jacaré!!! Deus nunca vai te abandonar e vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar algumas marcas ou cicatrizes em você. Por que devemos Ir à Igreja? A primeira resposta: Porque a Palavra de Deus nos sustenta . A segunda resposta: Porque Deus nunca nos abandona . A terceira resposta é: Porque temos as marcas, as cicatrizes de Jesus. Esta é a grande diferença!!! Paulo disse: “Eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6. 17).
As marcas deixadas em nós desde a infância a vida adulta não são simples marcas de expressão. São sinais da presença constante de Deus.

Cristianismo é o centro da vida.

Cristianismo é baseado no quanto nós nos doamos. Cristo deu tudo em nosso favor, e nós damos tudo o que temos para Cristo. Ele deu tudo por nós, porque Ele tem muito para dar, e eu estou sempre necessitado por receber. A única pessoa que não ganha muito é aquela que dá menos. Se o cristianismo não está fazendo muita diferença na vida, não é que o cristianismo não funciona, mas talvez porque a pessoa não esteja se relacionando da maneira correta com ele.
Se alguém não dá muito de si mesmo nesse relacionamento, não pode ficar surpresa de também não receber muito em troca. Jesus diz que a religião que vale alguma coisa, também têm um custo.


Devemos seguir a Cristo por amor ou favor?
Lucas 14:25

Este relato foi feito bem próximo da morte de Jesus. Ali estava uma grande multidão que o havia seguido por mais ou menos três anos. Eles seguiram a Jesus não por amor a Ele, mas a maioria por razões egoístas. Tinham interesse na comida gratuita, na cura, na libertação do jugo romano, etc. Jesus compreende, quando no inicio do nosso encontro com Ele, decidimos seguí-lo por razões erradas e egoístas. É possível que o tenhamos seguido em busca de paz, proteção, vida eterna. No início não há nada errado, mas depois de um tempo, se continuamos seguindo a Jesus, pelas mesmas razões egoístas, algo está errado. Aqueles que verdadeiramente compreendem o Reino de Deus, e a proximidade de Sua Volta a esta terra, são transformados em verdadeiros centros da pregação da Palavra, e dão muito mais de si próprios, do que têm feito até aqui.

Estamos interessados em dar, tanto quanto recebemos?

Os gregos vieram para ver a Jesus, e contemplaram os milagres que Ele fizera.
Os fariseus vieram para ver os milagres e nada enxergaram.

Estando na igreja, e sendo movidos por um estreito relacionamento com Jesus, veremos não apenas a Cristo, mas pessoas que milagrosamente são transformadas pelo poder que move a igreja e o nosso coração, e com certeza nosso comportamento será bem diferente.

Quanto tenho que pagar?

Em S. Lucas 14:27, lemos: “Qualquer que não tomar a sua cruz e não vier após Mim, não pode ser Meu discípulo”

Em outras palavras, precisamos negar nossas inclinações, deixando todo o egoísmo de lado, disciplinando a vida de tal maneira, que o Reino de Deus seja a mais importante tarefa diária com que temos que nos relacionar.
A disciplina faz com que olhemos coisas diferentes. Comemos coisas diferentes. Vamos a lugares diferentes – enfim, um novo estilo de vida.

Qual é a mais importante disciplina para a minha vida?

Amar e aceitar as pessoas como elas são.

Quando pensamos em disciplina, pensamos logo em obediência. Pensamos que ser salvos significa obedecer. Isto, porém não funciona, porque somos salvos pela graça e não pela obediência.

Alguns outros dizem: Vivam tranqüilamente. Tudo o que você precisa é amar a Jesus, e o mais dará certo. Isto também não funciona. Precisamos de disciplina, não para obedecer, mas para nos relacionar com Jesus, e o perfeito relacionamento com Ele nos levará a obediência, por amor a Jesus e não por temor.

Relacionamento envolve Desafios!

O Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, fez uma ampla pesquisa, muito significativa, que deram o nome de: “Jardim do Éden dos Ratos. Foi construído um local, perfeitamente adequado para satisfazer todas as necessidades dos ratos. O local foi idealizado para abrigar confortavelmente 4.000 ratos. Neste espaçoso lugar foram colocados 4 pares de ratos – 8 ratos. Ali, eles deveriam permanecer com muita comida, muito espaço, enfim, tudo o que eles precisavam. Os ratos dobravam a população a cada 55 dias. Quando chegaram ao número de 620 ratos, os pesquisadores descobriram que alguma coisa estava acontecendo de errado com eles. Os ratos começaram a comer outros ratos. Os mais velhos ficaram completamente desmotivados, e a reprodução parou. Finalmente, quando alcançaram o número de 2.200 ratos, a reprodução parou completamente.

Conclusão da pesquisa – “quando não há desafios, não há interesse”.

Por isso Cristo dá-nos desafios. Sem desafios, ficamos envolvidos com nossos próprios interesses, e nos tornamos cada vez mais egoístas. Cristianismo que não tem cruz e nem desafios, transforma-se em rotina insípida, monótona e em pouco tempo perde-se o sabor.

Cristianismo é o centro da vida.

Apesar das várias atividades que envolvem o dia-a-dia, como a vida profissional, social, familiar, espiritual, etc., o cristianismo deve ser tratado como algo diferente. Ele nunca pode se visto apenas como mais um interesse entre os muitos que temos. Ele não é uma atividade na nossa vida, mas sim o centro dela!

Se por alguma razão, perdermos uma perna, com certeza vai doer muito e sentiremos muito a falta dela, porém se tivermos um coração forte, viveremos muito tempo, e conseguiremos desenvolver muitas coisas com corpo, mesmo faltando uma perna. Mas se tivermos algum problema com o coração, as melhores pernas do mundo, não nos levará a lugar algum.

O trabalho, relacionamentos sociais e outras atividades são importantes na vida. Se perdermos um deles, com certeza sofreremos, no entanto uma boa experiência cristã nos manterá firmes e confiantes, a despeito da perda. Se por outro lado, descuidarmos e perdermos a experiência que deveríamos ter com Cristo, não haverá nada neste mundo que possa nos ajudar.

Qual o preço desse relacionamento?

Disse Jesus:“O que não renuncia tudo o que tem, não pode ser
meu discípulo” verso 33.

Cristianismo custa tudo o que temos. E não apenas isso, mas tudo o que amamos.

“Se alguém vier a Mim e não aborrecer a seu pai, sua mãe, mulher, filhos, e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” V. 26.

Às vezes imaginamos que para nos tornar discípulos, necessitamos desistir das coisas que são ruins. Isto também é verdade, mas Jesus nos diz claramente que precisaremos desistir também das coisas boas, e o que poderia ser melhor que nossa própria família?

Jesus quer dizer que tudo neste mundo deve ser submisso ao meu amor por Ele. E se existe alguma coisa, que seja mais importante para mim do que o meu relacionamento com Cristo, com certeza, não poderei dizer de coração, que estou vivendo uma vida cristã. O ponto que Jesus quer chegar na sua declaração é simples e direto: “Tudo o que eu amo deve ser submisso ao meu amor por Cristo”.

Por isso dizemos que cristianismo tem um preço. Jesus deve ser o centro da minha vida. Quando isso acontecer todas as minhas motivações e envolvimentos terão uma direção – alcançar pessoas para o Reino dos céus, pois esta era a meta de Cristo também.

Estaremos sozinhos?

“Cristo tomou plenas medidas para o prosseguimento da Obra, assumindo Ele próprio a responsabilidade do êxito da mesma. Enquanto lhe obedecessem a palavra e trabalhassem em ligação com Ele, não poderiam falhar. Ide a todas as nações, ordenou-lhes. Ide às mais longínquas partes do globo habitado, mas sabei que a Minha presença ali se achará. Trabalhai com fé e confiança, pois nunca haverá tempo em que Eu vos abandone” Desejado de todas as Nações, p.822.

Jesus é assim mesmo. Ele pede nosso sacrifício. Pede o nosso tudo. Mas Ele também promete que dará em retorno, bem mais do que aquilo que temos dado.

Conclusão

“O evangelho precisa ser apresentado, não como uma teoria sem vida, mas como força viva para transformar a vida”. DTN, pág. 826

Ao decidir levar as boas novas do evangelho até os confins da terra, você pode contar também com as bênçãos e a dotação do poder do Espírito Santo, que Cristo um dia prometeu.

Linha do Tempo dos Evangelhos


A palavra "evangelho" significa boa nova e se refere à vida e milagres de Jesus Cristo. Os quatro evangelhos relatam diferentes períodos e acontecimentos da vida de Jesus. Como se vê no gráfico, Mateus e Lucas começam pelo nascimento, enquanto Marcos e João fazem-no pelo batismo. Os relatos de Marcos, Mateus e Lucas são similares e compartilham o mesmo estilo, mas João acrescenta fatos novos, abordando a vida de Cristo de maneira original.

Quem á a pedra de Mateus 16.18?

Vamos analisar o texto de Mateus 16:15-19:

"15 Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? 16 Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelou, mas meu Pai, que está nos céus. 18 Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; 19 dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus."


Estas palavras foram pronunciadas por Jesus quando Ele e os discípulos estavam caminhando para Cesaréia de Filipe, logo após a Sua pergunta: 

"Quem diz o povo ser o Filho do homem?" Mat. 16:13.


Após várias respostas, Pedro falou:

"Tu és o Cristo, e Filho do Deus vivo." Mat. 16:16.


Após esta afirmação de Pedro, se seguiram as célebres palavras de Mat. 16:18: 

"Tu és Pedro (em grego pétros) e sobre esta pedra (pétra) ...".


Várias interpretações tem sido dadas a esta declaração, das quais três se destacam:

A Pedra sobre a qual se construiria a Igreja de Deus é o próprio Cristo;


A pedra é Pedro;

A pedra é a confissão que Pedro fizera de Cristo.



Qual seria a interpretação correta?


Quanto ao processo de interpretação de textos difíceis, duas regras básicas tem sido adotadas pelos estudiosos sérios da Bíblia, cf. ref [1], p. 155 e 156. Eu destaco duas:

"Se há passagens obscuras, estas se explicam pelas que são mais claras, de tal sorte que a Escritura se explica pela própria Escritura." Irineu.

Orígenes apresenta mais ou menos a mesma ideia ao dizer que o texto deve ser interpretado através do conjunto das Escrituras e nunca através de textos isolados.


 

PRIMEIRA INTERPRETAÇÃO: A PEDRA É CRISTO.


"Teólogos protestantes sempre foram ardorosos defensores da Igreja construída sobre Cristo.

Jerônimo, Agostinho e Ambrósio aplicam a pedra tanto a Pedro como a Cristo. Eis as palavras que aparecem no fim do Evangelho de S. Mateus, tradução da Bíblia do Padre Antônio Pereira de Figueiredo, edição de 1857, de Lisboa, pág. 95:


"Santo Agostinho no tratado CXXIV sobre S. João entende por esta pedra não a Pedro, mas a Cristo, em quanto confessado Deus por Pedro, como se Cristo dissera: Tu és Pedro, denominado assim da pedra, que confessaste, que sou eu, sobre a qual edificarei a minha igreja’.

Estas palavras do maior teólogo católico romano por serem muito claras dispensam comentários.


"É do nosso conhecimento que o termo ‘pedra ou rocha’ foi usado no Velho Testamento para Deus. Salmo 18:2 – O Senhor é a minha rocha; Deut. 332:4 – Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas.


"O Messias é descrito em Isaías 28:16 como ‘uma pedra, pedra já provada, pedra preciosa, angular, solidamente assentada’." – Explicação de textos difíceis da Bíblia, (ref. [1]) p. 155 e 156.


Coloco aqui outras referências bíblicas que demonstram que:


JESUS foi a Pedra rejeitada pelos judeus:


Isaías 8:14: "Então Ele... Pedra de tropeço, e de Rocha de escândalo..."


Mat. 21:42: "...A Pedra... rejeitaram, essa foi posta por cabeça de ângulo..."

Atos 4:11: "Ele é a Pedra ... rejeitada ... posta por cabeça de esquina..."


Rom. 9:33: "...Sião uma Pedra de tropeço, e uma Rocha de escândalo..." 

(Explicando: Os judeus achavam um escândalo o Messias morrer na cruz, já que O esperavam para assentar-Se no trono de Davi).


E o mais importante:

Efésios 2:20; 11:22; 5:23: "...Jesus Cristo é a principal Pedra de esquina... cabeça da igreja".



Em toda a Bíblia, a Pedra é identificado indubitavelmente a JESUS CRISTO, a Rocha Eterna:


Números 20:11: "...Moisés levantou a mão, e feriu a Rocha duas vezes..."


I Coríntios 10:4: "E beberam... da Pedra espiritual... e a Pedra era Cristo."

Deut. 32:4: "Ele [Jesus] é a Rocha, cuja obra é perfeita..."


Salmo 18:2: "O Senhor é a minha Rocha..."

Salmo 19:14: "...Senhor, Rocha minha e libertador meu!"


Salmo 28:1: "A Ti clamarei, é Senhor, Rocha minha..."

Salmo 89:26: "...a Rocha da minha salvação."


Salmo 95:1: "...a Rocha da nossa salvação."

Salmo 144:1: "Bendito seja o Senhor, minha Rocha..."



E o próprio Pedro confirmou que a Pedra é Cristo:

I Pedro 2:4: "...E chegando-vos para Ele [Jesus] – Pedra viva..."


I Pedro 2:6-8: "Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina, e: Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na palavra, sendo desobedientes..."


Paulo define a questão com estas palavras incisivas:

I Coríntios 3:11: "Porque ninguém pode por outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo."



Jesus Cristo mesmo interpretou ser Ele a "Pedra Angular" de qual falava o Velho Testamento: 

Mat. 21:42-44: "Disse-lhes Jesus: Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os edificadores rejeitaram, essa foi posta como pedra angular; pelo Senhor foi feito isso, e é maravilhoso aos nossos olhos? Portanto eu vos digo que vos será tirado o reino de Deus, e será dado a um povo que dê os seus frutos. E quem cair sobre esta pedra será despedaçado; mas aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó."



 

SEGUNDA INTERPRETAÇÃO: A PEDRA É PEDRO


"Esta tese é sustentada pela maioria dos comentadores católicos.

"Vincent, comentando Mateus 16:18 defende a ideia de que a Igreja foi construída sobre Pedro, desde que Cristo nesta passagem aparece não como a fundação, mas como o arquiteto.

"Outros apresentam o seguinte argumento: a conjunção coordenativa ‘e’ , em grego ‘kai’ liga orações que têm o mesmo valor, por isso se Cristo visasse estabelecer um contraste entre Ele e Pedro teria empregado a conjunção ‘allá’ = mas. Este argumento não é seguro porque ‘kai’ tem em grego também o significado de ‘mas’. Ver Arndt and Gingrich, página 393 e Robertson, página 1181.

"A igreja católica se baseia num texto isolado sem levar em consideração o consenso de todo o ensino bíblico a respeito, isto é, sem considerar os dois princípios hermenêuticos (de Irineu e Orígenes) já citados anteriormente.

"Cotejando vários textos das Escrituras chega-se à conclusão ineludível de que a Bíblia ensina que Cristo é a Pedra e não Pedro.

"O próprio Pedro, através de suas enfáticas declarações, se encarregou de dirimir todas as dúvidas neste sentido. I S. Pedro 2:4-8. ...


"Provas bíblicas de que Pedro não foi escolhido como líder da Igreja, ou Superior Hierárquico dos Apóstolos:


Mateus 23:8 e 10 nos ensina que Cristo não queria que nenhum deles fosse mestre ou guia, porque esta é uma prerrogativa divina.


Lucas nos relata (9:46; 22:24-30), que por duas vezes se levantou entre os discípulos o problema de quem entre eles tinha a primazia. Tal problema jamais se levantaria se Cristo tivesse estabelecido a Pedro como superior a eles.

Se Cristo tivesse indicado a Pedro como líder da Igreja, como o Papa, ele seria infalível em suas decisões, portanto jamais lhe aconteceria o que Lucas nos relata no seu evangelho capítulo 22:54-60 [a negação de Pedro].


Sendo Pedro o dirigente, seria a pessoa que enviaria outros, mas Lucas nos informa em Atos 8:14 que Pedro e João foram enviados pelos apóstolos.

Se fosse o superior hierárquico dos apóstolos, a arguição que eles fizeram e a defesa de Pedro seriam inoportunas e desarrazoadas, conforme o relato de Atos 11:1-18 [a pregação do evangelho aos não-judeus]. 


O primeiro concílio da igreja não foi convocado e dirigido por Pedro, mas por Tiago. O contexto apresentado pelo dr. Lucas (Atos 15:13, 19) sugere que Tiago era o presidente.

Em Atos 15:22-29 há o relato de que a epístola enviada a Antioquia foi dirigida em nome dos apóstolos, dos presbíteros, e da igreja e não por Pedro.


Se Pedro fosse o líder, Paulo não poderia escrever o que se encontra em Gálatas 2:11-14, pois seria faltar à ética hierárquica. [11: Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe na cara, porque era repreensível.] A afirmação no verso 11 é bastante taxativa para desmoronar todo o falso edifício que o papado tem construído na base de Mateus 16:18 sobre o primado de Pedro.

I Coríntios 12:28. Se Pedro fosse o Papa, na enumeração dos ofícios da Igreja, Paulo não se esqueceria deste tão preeminente – o Vigário de Cristo [28 E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.]


Paulo afirma em Gálatas 2:9 que Tiago, Cefas (Pedro) e João eram considerados como colunas. Note-se que Tiago está em primeiro lugar." – [1], p. 158 a 161.


Outras referências bíblicas que indicam que Pedro não tinha a primazia da Igreja Apostólica, como arroladas por Lourenço Gonzalez, ref. [2], p. 59:


Se Pedro fosse o Papa:

Os discípulos não brigariam pela primeira posição entre si (Mat. 23:8,10; Luc. 9:46; 22:24-30);


Não seria o apóstolo da circuncisão [Ele achava que o Evangelho não deveria ser pregado aos não-judeus/incircuncisos) (Gál. 2:8);


Como ficaria seu casamento? (mat. 8:14; Mar. 1:30; Luc. 4:38);

Não levaria sua esposa em suas viagens missionárias (I Cor. 9:5);


Não negaria a Jesus (Luc. 22:57), não mentiria ao ser identificado como apóstolo (Luc. 22:58), nem disfarçaria diante da verdade (Luc. 22:60);

Enviaria outros apóstolos para Samaria ao invés de ser enviado (Atos 8:14);


Não se justificaria perante a igreja, por haver batizado Cornélio (Atos 11:1-11);

O primeiro Concílio Cristão, ocorrido em 52 d.C., seria presidido por ele e não por Tiago (Atos 15:13,19) e a Carta Oficial deste Concílio seria assinada por ele e não foi (Atos 15:22,23);


Paulo não o repreenderia publicamente se fosse ‘infalível’ 9Gál. 2:11-14);

Estaria na primeira posição e não na segunda, como coluna da igreja (Gál. 2:9);



Por fim...

Uma passagem que se destaca pelo que ela não mostra, Apocalipse 21:14: "O muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles estavam os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro."

Ao descrever a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, João cita que viu escritos o seu nome e de seus companheiros apóstolos nos fundamentos da cidade. Não há, porém, destaque a nenhum nome em especial, o que certamente ocorreria se um deles tivesse sido escolhido como fundamento da igreja.



TERCEIRA INTERPRETAÇÃO: A PEDRA SERIA A CONFISSÃO DE PEDRO


"Crisóstomo (350-407 AD) afirmou que a igreja foi construída sobre a confissão de Pedro. Outros Pais da Igreja e reformadores como Lutero, Huss, Zwínglio e Melanchton defendem a mesma ideia.

"Os fatos parecem indicar que esta não é a melhor interpretação, desde que a Igreja não é construída sobre confissões, mas sobre os que fazem a confissão, isto é, sobre seres vivos: Cristo, os Apóstolos e os que aceitam a Cristo como Seu Salvador. As passagens de Efésios 2:20 e I Pedro 2:4-8 confirmam as declarações anteriores." [1], p. 163. 



PÉTROS E PÉTRA


"Dicionário e Comentários nos comprovam que Pedro, em grego ‘Pétros’ dignifica um fragmento de pedra, pedra movediça, lasca da rocha; enquanto pedra, no grego ‘Pétra’ significa rocha, massa sólida de pedra.

"Alguns comentaristas asseveram que o Espírito Santo orientou o apóstolo, ao redigir esta passagem para empregar duas palavras, em grego, para evitar a ideia de que Pedro fosse a pedra.

"Desta sucinta explicação se conclui que Pétros não é um símbolo apropriado para um fundamento, um edifício, mas que Pétra – rocha é um símbolo muito próprio para o fundamento estável e permanente da Igreja.

"Na Ilíada, VII, 270, Ajax está atirando uma pedra (pétros) em Heitor, mas na Odisséia, IX, 243, há o relato de uma pedra (pétra) colocada na porta de uma caverna, inamovível pelo seu tamanho descomunal." [1], p. 158.


 

QUE SIGNIFICAM AS CHAVES (Em Mateus 16:19)?


"As chaves, que abrem e fecham a Casa de Deus, ligam os homens à Igreja, ou dela os desligam, são os princípios dos Evangelhos, as condições da Salvação, aceitas ou rejeitadas pelos homens. Pedro abriu, com a chave da Palavra de Deus, as portas do Reino dos Céus a três mil pessoas que se converteram. Atos 2:14-41. Este privilégio não foi apenas concedido a Pedro, mas a todos os discípulos. São Mateus 18:18. ...

"Quando uma pessoa completava satisfatoriamente um curso de estudos com um rabi judeu, era costume receber ela uma chave, significando que se havia tornado bem versada na doutrina e que estava agora habilitada para abrir os segredos das coisas de Deus. As palavras de Cristo se referem a este costume.

"’As chaves simbolizam a autoridade que Jesus confiou a Sua igreja para agir em Seu nome. Especificamente elas indicam as Escrituras onde Deus expõe o plano da salvação. A autoridade não é baseada numa escritura de igreja como tal, mas nas Escrituras.’ Lição da Escola Sabatina, 10-1-81." – ref [1], p. 163 e 164.


Referências:

Pedro Polinário, Explicação de textos difíceis da Bíblia, Editora Universitária Adventista, Santo maro, SP. 19ª Edição.


Lourenço Gonzalez, Assim Diz o Senhor, ADOS:Niterói, RJ. Sétima Edição.

Céu ou Inferno?

Nem todos serão salvos. Alguns se perderão eternamente. Os seres humanos foram criados com livre-arbítrio. Certa vez, alguém expressou isso desta forma: Só existem dois tipos de pessoas – os que dizem: “Senhor, seja feita a Tua vontade” e aqueles a quem o Senhor dirá: “Tenho que respeitar sua escolha; seja feita a sua vontade!” Afinal, ninguém pediu para nascer. Estamos aqui só porque fomos criados sem nosso consentimento. Deus nos oferece a esperança da vida eterna, se a escolhermos. Se não, voltaremos ao nada do qual viemos. A escolha é nossa. 

O Céu é uma realidade. É um lugar. É onde Deus vive com os outros membros da Divindade e uma hoste de anjos não-caídos. Também é o lugar em que viveremos durante mil anos, se permanecermos ao lado de Deus. Quando Cristo voltar e tiver lugar a primeira ressurreição, os santos ressuscitados acompanharão seu Senhor para o Céu, onde permanecerão por mil anos (Ap 20:4-6). Depois disso, ocorrerá uma série de eventos culminando com a criação de um “novo céu” e uma “nova Terra” (Ap 21:1), em que os remidos então viverão para sempre.

Mas o inferno também é uma realidade. A crença popular de um lugar em que os pecadores serão atormentados e queimarão por toda a eternidade não tem apoio bíblico. Mas também não tem esse apoio a ideia popular de que, no fim, todos serão salvos. Os que rejeitam as boas-novas de salvação e recusam obediência a Deus serão julgados, condenados e enfrentarão uma morte da qual nunca haverá ressurreição. Os que creem que todos serão salvos argumentam que um Deus de amor não permitiria que ninguém perdesse a felicidade eterna. Eles têm certa razão até onde dizem que, realmente, Deus é o amor personificado e quer salvar a todos. Mas, tragicamente, nem todos querem ser salvos. Cristo não poderia ter expresso isso de maneira mais clara: “Eu lhes asseguro: quem ouve a Minha palavra e crê naquele que Me enviou, tem a vida eterna e não será condenado”, mas Ele também acrescenta que “os que fizeram o mal ressuscitarão para serem condenados” (Jo 5:24, 29, NVI).

Depende de nossa escolha. O Céu pode ser nosso se escolhermos crer em Deus e estivermos dispostos a nos tornar discípulos de Seu Filho, Jesus Cristo.