Por que ir à igreja?

Gálatas - 6 - 17 : 17
Esta pergunta não é muito frequente. Em geral vamos a Igreja e não perguntamos por que estamos fazendo isso.

Ir a Igreja já se tornou parte da rotina de vida de muitas pessoas. Fazemos isso automaticamente e não procuramos identificar uma razão.

Durante a exposição, vamos apresentar três respostas a essa pergunta.

Por que ir à Igreja? Por que eu devo levar minha esposa, meu filho, minha família à Igreja?

A primeira resposta é: Devemos ir a Igreja porque a Palavra de Deus nos sustenta .

Um frequentador de Igreja escreveu para o Editor de um jornal e reclamou dizendo:

“Estou cansado de ir à Igreja! Não faz sentido ir à Igreja todos os domingos”.

“Eu tenho ido à Igreja por 30 anos e durante este tempo eu ouvi uns 3.000 sermões”.

Mas em todos esses anos eu não consigo lembrar de nenhum sermão... Eu acho que estou perdendo meu tempo e os pastores e padres estão desperdiçando o seu tempo pregando sermões!”

Esta carta iniciou um grande debate na coluna “Cartas ao Editor”. Isso durou semanas e semanas recebendo e publicando cartas sobre assunto.

Até que alguém escreveu o seguinte:

“Prezado Editor, eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições”.

“Mas na minha vida inteira eu não consigo me lembrar do cardápio de nenhuma das 32.000 refeições que a minha esposa fez”.

“Mas de uma coisa eu sei: Todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho”.

“Se a minha esposa não tivesse me dado estas refeições, hoje eu estaria fisicamente morto”.

“Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à Igreja para alimentar minha fome espiritual, hoje eu estaria espiritualmente morto”.

A carta deu fim ao debate. Todos se calaram e ninguém argumentou mais nada!!!

Muitas pessoas apresentam várias razões para não Irem a Igreja. Uns dizem que não vêm à Igreja porque não conseguem assimilar ou guardar o que o pastor diz em seus sermões.

Mas o exemplo citado chama a nossa atenção para uma estranha verdade:

Assim como não precisamos memorizar o cardápio de cada refeição que nos alimenta e nos mantém vivos, também não precisamos memorizar a Palavra de Deus para nos sentirmos alimentados por ela.

Na maioria das vezes a mensagem do Senhor entra em nossa mente e em nosso coração por osmose.

Nós falamos que havia três respostas à pergunta “Por que eu devo Ir a Igreja?”. Até aqui falamos da primeira resposta dizendo que devemos Ir a Igreja porque a Palavra de Deus nos alimenta . Qual a segunda resposta?
Devemos ir à Igreja porque Deus nunca nos abandona.

Quando abandonamos à Igrejas sem perceber estamos abandonando a Deus. Em um dia quente de verão lá no interior do Pantanal Matogrossense. Um garoto foi nadar no lago que havia atrás de sua casa. Na pressa de mergulhar na água fresca ele foi correndo... foi deixando para trás os sapatos, as meias e a camisa. Entrou na água e começou a nadar. Ele nadava naquele lago diariamente e nunca se ouviu falar na presença de jacaré naquela área. Mas naquele dia aconteceu o inesperado! O menino não percebia que enquanto nadava para o meio do rio, um jacaré estava deixando a margem e entrando na água. Sua mãe, que estava em casa, olhava pela janela e observava o filho nadando no lago. De repente, a mãe percebeu que o jacaré estava indo em direção ao seu filho e estava cada vez mais perto. Desesperada, correu para o rio gritando o mais alto possível: “Filho! Volte! O jacaré está atrás de você!” Volte! Volte! Ouvindo a voz da mãe, o menino se alarmou, deu um giro e começou a nadar de volta ao encontro de sua mãe. Foi uma corrida contra o tempo. Os segundos pareciam uma eternidade. Finalmente o menino chegou à margem. Mas era tarde! Assim que o menino alcançou a mãe, o jacaré também o alcançou. A mãe agarrou o menino pelos braços enquanto o jacaré cravou os dentes nos pés do menino. Começou um cabo-de-guerra entre a mãe e o jacaré. O jacaré era muito mais forte do que a mãe, mas a mãe era por demais apaixonada para deixar o seu filho ir. Um fazendeiro que passava por perto ouviu os gritos, pegou sua arma, fez pontaria e atirou no jacaré. Após semanas no hospital, o menino sobreviveu. Seus pés estavam muito feridos por causa do ataque do animal, e, em seus braços, havia riscos profundos onde as unhas de sua mãe estiveram cravadas no esforço sobre o filho que ela amava. Um repórter entrevistou o menino e perguntou-lhe se podia mostrar suas cicatrizes. O menino levantou seus pés. Mostrou-os ao repórter. E com orgulho, disse: “Olhe em meus braços. Eu também tenho grandes cicatrizes em meus braços. Eu tenho essas cicatrizes porque minha mãe não me deixou ir”. Você e eu podemos nos identificar com esse menino. Nós também temos muitas cicatrizes. Não são as cicatrizes de um jacaré, ou algo tão dramático. Mas podem ser as cicatrizes de um passado doloroso. Podem ser algumas lembranças que incomodam o seu coração. Essas cicatrizes são feias e ainda te causam dores profundas. Você já parou para pensar no porquê dessas cicatrizes? Algumas foram feitas pelo jacaré. Mas outras foram feitas pela mãe. Algumas foram feitas pelo maligno e outras foram feitas por Deus. Deus é como a mãe daquele menino. Às vezes Ele nos fere para não nos perder para o maligno! Algumas feridas estão em nós porque Deus se recusou a nos deixar ir. E enquanto nos esforçávamos, Ele estava nos segurando nos braços. Se hoje você está passando por um momento difícil, doloroso. Talvez o que está te causando dor seja Deus cravando suas unhas em você para não te deixar ir. Deus não vai entregar você para o jacaré!!! Deus nunca vai te abandonar e vai fazer o que for necessário para não te perder, ainda que para isso seja preciso deixar algumas marcas ou cicatrizes em você. Por que devemos Ir à Igreja? A primeira resposta: Porque a Palavra de Deus nos sustenta . A segunda resposta: Porque Deus nunca nos abandona . A terceira resposta é: Porque temos as marcas, as cicatrizes de Jesus. Esta é a grande diferença!!! Paulo disse: “Eu trago no corpo as marcas de Jesus” (Gálatas 6. 17).
As marcas deixadas em nós desde a infância a vida adulta não são simples marcas de expressão. São sinais da presença constante de Deus.

Cristianismo é o centro da vida.

Cristianismo é baseado no quanto nós nos doamos. Cristo deu tudo em nosso favor, e nós damos tudo o que temos para Cristo. Ele deu tudo por nós, porque Ele tem muito para dar, e eu estou sempre necessitado por receber. A única pessoa que não ganha muito é aquela que dá menos. Se o cristianismo não está fazendo muita diferença na vida, não é que o cristianismo não funciona, mas talvez porque a pessoa não esteja se relacionando da maneira correta com ele.
Se alguém não dá muito de si mesmo nesse relacionamento, não pode ficar surpresa de também não receber muito em troca. Jesus diz que a religião que vale alguma coisa, também têm um custo.


Devemos seguir a Cristo por amor ou favor?
Lucas 14:25

Este relato foi feito bem próximo da morte de Jesus. Ali estava uma grande multidão que o havia seguido por mais ou menos três anos. Eles seguiram a Jesus não por amor a Ele, mas a maioria por razões egoístas. Tinham interesse na comida gratuita, na cura, na libertação do jugo romano, etc. Jesus compreende, quando no inicio do nosso encontro com Ele, decidimos seguí-lo por razões erradas e egoístas. É possível que o tenhamos seguido em busca de paz, proteção, vida eterna. No início não há nada errado, mas depois de um tempo, se continuamos seguindo a Jesus, pelas mesmas razões egoístas, algo está errado. Aqueles que verdadeiramente compreendem o Reino de Deus, e a proximidade de Sua Volta a esta terra, são transformados em verdadeiros centros da pregação da Palavra, e dão muito mais de si próprios, do que têm feito até aqui.

Estamos interessados em dar, tanto quanto recebemos?

Os gregos vieram para ver a Jesus, e contemplaram os milagres que Ele fizera.
Os fariseus vieram para ver os milagres e nada enxergaram.

Estando na igreja, e sendo movidos por um estreito relacionamento com Jesus, veremos não apenas a Cristo, mas pessoas que milagrosamente são transformadas pelo poder que move a igreja e o nosso coração, e com certeza nosso comportamento será bem diferente.

Quanto tenho que pagar?

Em S. Lucas 14:27, lemos: “Qualquer que não tomar a sua cruz e não vier após Mim, não pode ser Meu discípulo”

Em outras palavras, precisamos negar nossas inclinações, deixando todo o egoísmo de lado, disciplinando a vida de tal maneira, que o Reino de Deus seja a mais importante tarefa diária com que temos que nos relacionar.
A disciplina faz com que olhemos coisas diferentes. Comemos coisas diferentes. Vamos a lugares diferentes – enfim, um novo estilo de vida.

Qual é a mais importante disciplina para a minha vida?

Amar e aceitar as pessoas como elas são.

Quando pensamos em disciplina, pensamos logo em obediência. Pensamos que ser salvos significa obedecer. Isto, porém não funciona, porque somos salvos pela graça e não pela obediência.

Alguns outros dizem: Vivam tranqüilamente. Tudo o que você precisa é amar a Jesus, e o mais dará certo. Isto também não funciona. Precisamos de disciplina, não para obedecer, mas para nos relacionar com Jesus, e o perfeito relacionamento com Ele nos levará a obediência, por amor a Jesus e não por temor.

Relacionamento envolve Desafios!

O Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, fez uma ampla pesquisa, muito significativa, que deram o nome de: “Jardim do Éden dos Ratos. Foi construído um local, perfeitamente adequado para satisfazer todas as necessidades dos ratos. O local foi idealizado para abrigar confortavelmente 4.000 ratos. Neste espaçoso lugar foram colocados 4 pares de ratos – 8 ratos. Ali, eles deveriam permanecer com muita comida, muito espaço, enfim, tudo o que eles precisavam. Os ratos dobravam a população a cada 55 dias. Quando chegaram ao número de 620 ratos, os pesquisadores descobriram que alguma coisa estava acontecendo de errado com eles. Os ratos começaram a comer outros ratos. Os mais velhos ficaram completamente desmotivados, e a reprodução parou. Finalmente, quando alcançaram o número de 2.200 ratos, a reprodução parou completamente.

Conclusão da pesquisa – “quando não há desafios, não há interesse”.

Por isso Cristo dá-nos desafios. Sem desafios, ficamos envolvidos com nossos próprios interesses, e nos tornamos cada vez mais egoístas. Cristianismo que não tem cruz e nem desafios, transforma-se em rotina insípida, monótona e em pouco tempo perde-se o sabor.

Cristianismo é o centro da vida.

Apesar das várias atividades que envolvem o dia-a-dia, como a vida profissional, social, familiar, espiritual, etc., o cristianismo deve ser tratado como algo diferente. Ele nunca pode se visto apenas como mais um interesse entre os muitos que temos. Ele não é uma atividade na nossa vida, mas sim o centro dela!

Se por alguma razão, perdermos uma perna, com certeza vai doer muito e sentiremos muito a falta dela, porém se tivermos um coração forte, viveremos muito tempo, e conseguiremos desenvolver muitas coisas com corpo, mesmo faltando uma perna. Mas se tivermos algum problema com o coração, as melhores pernas do mundo, não nos levará a lugar algum.

O trabalho, relacionamentos sociais e outras atividades são importantes na vida. Se perdermos um deles, com certeza sofreremos, no entanto uma boa experiência cristã nos manterá firmes e confiantes, a despeito da perda. Se por outro lado, descuidarmos e perdermos a experiência que deveríamos ter com Cristo, não haverá nada neste mundo que possa nos ajudar.

Qual o preço desse relacionamento?

Disse Jesus:“O que não renuncia tudo o que tem, não pode ser
meu discípulo” verso 33.

Cristianismo custa tudo o que temos. E não apenas isso, mas tudo o que amamos.

“Se alguém vier a Mim e não aborrecer a seu pai, sua mãe, mulher, filhos, e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” V. 26.

Às vezes imaginamos que para nos tornar discípulos, necessitamos desistir das coisas que são ruins. Isto também é verdade, mas Jesus nos diz claramente que precisaremos desistir também das coisas boas, e o que poderia ser melhor que nossa própria família?

Jesus quer dizer que tudo neste mundo deve ser submisso ao meu amor por Ele. E se existe alguma coisa, que seja mais importante para mim do que o meu relacionamento com Cristo, com certeza, não poderei dizer de coração, que estou vivendo uma vida cristã. O ponto que Jesus quer chegar na sua declaração é simples e direto: “Tudo o que eu amo deve ser submisso ao meu amor por Cristo”.

Por isso dizemos que cristianismo tem um preço. Jesus deve ser o centro da minha vida. Quando isso acontecer todas as minhas motivações e envolvimentos terão uma direção – alcançar pessoas para o Reino dos céus, pois esta era a meta de Cristo também.

Estaremos sozinhos?

“Cristo tomou plenas medidas para o prosseguimento da Obra, assumindo Ele próprio a responsabilidade do êxito da mesma. Enquanto lhe obedecessem a palavra e trabalhassem em ligação com Ele, não poderiam falhar. Ide a todas as nações, ordenou-lhes. Ide às mais longínquas partes do globo habitado, mas sabei que a Minha presença ali se achará. Trabalhai com fé e confiança, pois nunca haverá tempo em que Eu vos abandone” Desejado de todas as Nações, p.822.

Jesus é assim mesmo. Ele pede nosso sacrifício. Pede o nosso tudo. Mas Ele também promete que dará em retorno, bem mais do que aquilo que temos dado.

Conclusão

“O evangelho precisa ser apresentado, não como uma teoria sem vida, mas como força viva para transformar a vida”. DTN, pág. 826

Ao decidir levar as boas novas do evangelho até os confins da terra, você pode contar também com as bênçãos e a dotação do poder do Espírito Santo, que Cristo um dia prometeu.